sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Moda de combate ao Sistema

É curioso como hoje em dia TODO mundo sai falando "precisamos combater o Sistema", "o Sistema precisa ser destruído", "guerra ao Sistema".
Entretanto, o resultado dessas críticas ao Sistema é esse: nulo. Citando um trecho do texto "Ninguém pode mudar o mundo", fica bem claro a relação com a questão levantada aqui.
 
"Aqui você pode xingar o
sistema, reclamar da própria hipocrisia, falar mal da própria falta de caráter. Tudo certo,
testado e aprovado. Adaptamos tudo pra você, você pode ser tudo. Pode escolher a idéia
que quer que implantemos em você. Temos para todos os gostos! Pode se revoltar. Vamos
lá, tente. Acredite em mim, está tudo perfeitamente seguro. Grite! Vamos, organize
grupos de combate a sei lá o quê. Colabore com não sei o que lá. Lute pela sei lá o que de
sei lá aonde. Vamos! Pode ir, sério, não acredita em mim? Vivemos em tempos bem
diferentes agora. Enquanto a maioria acredita que não aprendemos nada do passado, nós
não só aprendemos como aplicamos perfeitamente. Nós aprendemos a conter reações
contrárias de DENTRO, antes de começarem."


E poderia estar mais correto? Todos ergueram as bandeiras ambientalistas e pró-natureza. Logo, inúmeras corporações começaram a lançar uma forte propaganda sustentável, e até mesmo partidos políticos entraram nessa. Os eco-manifestantes mais inocentes (ou seja, a maioria), logo saíram apoiando e divulgando esses produtos. Não vem ao caso, é óbvio, se elas continuam a agir por trás dos bastidores.
Agora, no Brasil, temos as Marchas. Marcha da Maconha, da Liberdade, das Vadias, contra Corrupção e o diabo. E o engraçado é muitos dos manifestantes falando de "combate contra o Sistema".
Legalizar a maconha é combater o Sistema? Ou é apenas permitir que os maconheiros fumem em paz? Na minha cidade, os organizadores dessa ação desapareceram na maioria das manifestações posteriores. Talvez porque o tema não fosse ajudar diretamente a eles darem um tapinha.
E a corrupção? Bandeiras pedindo Ficha Limpa e Voto Distrital provocaram em meu rosto uma expressão semelhante a pokerface (se não sabe o que é, google esta aí).
Sejamos honestos (pelo menos alguem tem que ser): isso resolve exatamente o que? Quero dizer...esta certo, vamos impedir que parte dos políticos (leia-se 95%) desviem verbas para seus jatinhos e mansões. E daí?
"Rá, impediremos os corruptos de chegarem no Poder! Viva a Democracia!"
Bela Democracia. Ok, nenhum dinheiro será desviado (sendo idealista). O dinheiro do partido vem de algum lugar. Multinacionais, Latifundiários, não importa. Grupos ricos FINANCIAM partidos políticos. Por que acham que o PCdoB apoiou o Código Florestal?
Se ricos financiam partidos, os partidos vão trabalhar para os ricos. Que diferença faz se o fantoche dos poderosos desvia um pouco para ele, ou se limita a ser capacho? Na minha opinião, nada.
Logo, podemos entender que: REFORMA NÃO COMBATE O SISTEMA.
Aí vem os "outros". Algum imbecil levanta uma bandeira com foice e martelo, Partido Socialista/comunista/marxeuteamo do Brasil, e diz "GUERRA AO SISTEMA". Esse mesmo elemento, que faz parte de um partido que, se não tiver se vendido a quem tem Capital, muito provavelmente não tem força alguma, fica exaltando que para combater o Sistema, devemos ESTATIZAR TUDO. Em outras palavras "deem poder absoluto ao Estado, e acabaremos com o Sistema". Ignorando que o Estado é uma peça fundamental do Sistema, e com ele o mesmo sempre existirá, possuímos maravilhosos exemplos de países-paraísos admirados por esse indivíduo e seu partido: Cuba, Venezuela, Bolívia, Coreia do Norte. Maravilhosos de se viver.
Para piorar, tem o "lado de lá". Nazistas e Fascistas, usando a mesma porra de discurso, para combater o Sistema criado pela "elite sionista norte-americana que controla o mundo" (o fato de metade do planeta condenar ações deles é irrelevante), e que a solução é fortalecer o Estado, o patriotismo, o conservadorismo religioso e a propriedade privada. Por acaso do destino, tudo o que eles propõe fortalecer, são peças importantes do Sistema.
Moral da história? Hoje, todo mundo é "contra o Sistema". Mas a luta que a maioria propõe, não só é inútil, como também FORTALECE o suposto inimigo.
O Sistema é como uma casa, erguida sobre uma base de poder. Reforme a casa mil vezes, mude os donos dela, e ela continuará tendo por base o poder.
Ou destrua a casa, e erga uma nova sobre os pilares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade genuínas.
Eu ja tomei minha decisão.

OBS: Me recuso a comentar sobre a inutilidade de "campanhas" por Facebook e Twitter. Tem que tomar as ruas, porra!

domingo, 28 de agosto de 2011

Para onde vamos?

"A civilização moderna enfrenta três crises potencialmente catastróficas: (1) colapso social, um termo que revela o crescimento da pobreza, sem-teto, crime, violência, alienação, viciados em drogas e álcool, isolamento social, apatia política, desumanização, deterioração das estruturas comunitárias de auto-ajuda, ajuda mútua, etc.; (2) destruição dos delicados ecossistemas do planeta do qual dependem todas as formas complexas de vida; e (3) proliferação de armamentos de destruição em massa, particularmente armamentos nucleares.

As observações de ortodoxos, inclusive "peritos" do sistema, meios de comunicação de massa, e políticos, geralmente consideram essas crises em separado, onde cada uma delas tem suas próprias causas e portanto possíveis de serem tratadas em bases separadas, isoladas umas das outras. Obviamente, contudo, esta abordagem "ortodoxa" não está funcionando, uma vez que tudo vai de mal a pior. A menos que se tome logo uma providência, fatalmente mergulharemos todos em um desastre, na forma de uma guerra catastrófica, num Armagedom ecológico, numa selvageria urbana -- ou a tudo isso ao mesmo tempo. "

http://www.reocities.com/projetoperiferia2/secAint.htm


sábado, 27 de agosto de 2011

Individualismo x Coletivismo: Duas faces da mesma moeda

"Anarquia não é caos. O anarquista é o agente responsável por restaurar o equilíbrio à sociedade. Quem fala em equilíbrio, não pensa em caos."
-Mikhail Bakunin


sábado, 20 de agosto de 2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mudar o Homem ou Mudar o Sistema

Ultimamente vejo muitos falarem "não importa o sistema em que o ser humano viva, o que importa é o homem mudar". Essa frase demonstra claramente uma coisa: burrice e total desconhecimento de CIÊNCIAS SOCIAIS.


Revolução 2.0: A Revolta dos Alienados

Eu pensei que depois do meu desabafo em outro post, não iria precisar voltar nesse tema.
Infelizmente, a ignorância humana me obrigou a tornar a fazê-lo. E aqui estamos




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Movimento Zeitgeist: De Teoria da Conspiração a "Anarco-Tecnocracia"


UNE: Uma olhada mais de perto



Muitos me disseram que ela era vendida, que não se poderia esperar nada dela e tudo o mais. Como não sou de me deixar levar por opiniões dos outros, decidi ir no congresso da UEE-SP (União Estadual dos Estudantes).
E não é que estavam certos?

Desabafo de um Revolucionário Revoltado

Sabe, às vezes olho os movimentos revolucionários, e até mesmo anarquistas, dos dias de hoje e imagino o quanto Proudhon, Bakunin e Malatesta devem estar gritando no túmulo. Porque, honestamente: é muita burrice para uma geração só.


sábado, 11 de junho de 2011

Livro: O Capital, de Karl Marx




"O Capital (em alemão: Das Kapital) é um conjunto de livros (sendo o primeiro de 1867) de Karl Marx como crítica ao capitalismo (crítica da economia política). Muitos consideram essa obra o marco do pensamento socialista marxista."



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Livro: A Riqueza das Nações, de Adam Smith



"Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, mais conhecida simplesmente como A Riqueza das Nações, é a obra mais famosa de Adam Smith."

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Por que não sou: Tecnocrata



"O governo da ciência e dos homens de ciência,[...], não poderia ser outra coisa senão um governo impotente, ridículo, desumano, cruel, opressivo, explorador, malfazejo. Pode-se dizer dos homens de ciência, como tais, o que digo dos teólogos e metafísicos: eles não têm nem sentido, nem coração para os seres individuais e vivos. Não se pode sequer fazer-lhes uma censura, pois é a conseqüência natural de sua profissão. Enquanto homens de ciência, eles só podem se interessar pelas generalidades, pelas leis absolutas, e não a levar em conta outra coisa.
 [...]
Em sua organização atual, monopolizando a ciência e permanecendo, assim, fora da vida social, os cientistas formam uma casta à parte, oferecendo muita analogia com a casta dos padres. A abstração científica é seu Deus, as individualidades são suas vítimas e eles são seus sacrificadores nomeados."
 -Deus e o Estado, de Bakunin

Livro: Anarquismo e Anarquia, de Malatesta

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Livro: Os Soviets traídos pelos Bolcheviques, de Rocker



 "Rocker é um dos grandes historiadores do movimento anarquista. Íntegro e coerente com suas ideias, fez uma análise bastante imparcial da revolução russa, e apontou, já em 1921, sem medo, os erros fatais cometidos pelos bolcheviques. E muito antes das atrocidades de Stalin, concluiu profeticamente: 'A que abismo a política de Lênin e de seus camaradas conduzirá a Rússia?'."

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Livro: Entre Camponeses, de Malatesta



 "Entre camponeses reúne dois importantes textos do autor, publicados originalmente em um período em que anarquistas rompem com outros grupos socialistas por discordarem da eficácia da participação na vida parlamentar através de partidos políticos, e procuram formular estratégias coerentes com uma ação federalista, comuns a duas tendências anarquistas: comunistas e coletivistas."

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Livro: Cercas e Janelas, de Naomi Klein

  

"A publicação reune uma coleção de matérias escritas sobre o movimento antiglobalização no mundo, como movimento zapatista e os protestos contra OMC e FMI."

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Livro: O Lucro ou as Pessoas?



"Neste livro, Chomsky revela as razões pelas quais o neoliberalismo não pode ser considerado uma novidade. Para ele, trata-se simplesmente de uma versão moderna da opressão dos happy few sobre a grande maioria da sociedade, que tem os seus direitos civis e políticos esmagados."

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Livro: O Indivíduo, a Sociedade e o Estado, e Outros Ensaios, de Goldman



"Para quem pensa que não houve movimentos de esquerda nos EUA ou acha que a revolução russa foi uma ruptura com a ordem capitalista, os artigos de Emma demonstram que a realidade é sutil, depende basicamente do indivíduo e, principalmente, da capacidade deste de resistir ao controle de qualquer natureza."

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Livro: O Princípio Anarquista e Outros ensaios

  

"O princípio anarquista e outros ensaios reúne textos produzidos entre‭ ‬1887‭ ‬e‭ ‬1914,‭ ‬nos quais Kropotkin discute as principais dificuldades enfrentadas pelos movimentos socialistas da virada do século XIX,‭ ‬como a aparente desunião e as divergências teóricas e os métodos de ação violentos.‭"

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Livro: O Apoio Mútuo, de Kropotkin

 "Nesse livro, Kropotkin descreve a ocorrência do apoio mútuo desde nas sociedades de insetos, passando por grupos de animais da mesma espécie até chegar às sociedades humanas. O autor procurou demonstrar que, embora exista competição entre espécies e entre sociedades humanas, dentro de uma mesma espécie e uma mesma sociedade o apoio mútuo é a principal força a garantir a sobrevivência do grupo. Com isso, pretendia combater o darwinismo social, então prevalente na Europa."

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Livro: Sem Logo: A Tirania das Marcas em um Planeta Vendido, de Naomi Klein



 "O livro mostra como companhias transnacionais convertem o mundo em uma oportunidade de marketing, retraça a trajetória do movimento antiglobalização, explica a razão pela qual algumas das mais reverenciadas marcas encontram-se expostas por ativistas na fúria de seus grafites e 'slogans', alvejadas nas sabotagens de 'hackers', ou nas campanhas anticorporativas."

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Livro: Deus e o Estado, de Bakunin

  

"Este livro é um clássico do russo Mikhail Bakunin. Nele, o autor discute a autoridade a partir da idéia de Deus e do Estado."

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Livro: A Conquista do Pão, de Kropotkin

"Logo nos primeiros capítulos da sua obra o autor dá conta das riquezas imensas que a humanidade possui já, da prodigiosa maquinaria adquirida para o trabalho coletivo. Os produtos obtidos em cada ano seriam mais do que suficientes para abastecer de pão, amplamente, a humanidade inteira. E se o capital enorme de cidades e de casas, de terras cultiváveis e de fábricas, de vias de transporte e de escolas, se tornasse propriedade comum em vez de estar detido em propriedade privada, como seria fácil a conquista do bem estar para todos!"

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Livro: Escritos Revolucionários, de Malatesta






"Escritos Revolucionários reúne alguns dos principais textos de Malatesta."

Livro: Do Anarquismo, de Nicolas Walter



"Livro introdutório sobre o Anarquismo, curto e fácil de ler. Bom para quem ainda não tem conhecimento sobre o anarquismo."

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Livro: A Filosofia da Miséria, de Proudhon

"A FILOSOFIA DA MISÉRIA, obra de Proudhon publicada em 1846, expondo sua visão econômica e social, baseadas no coletivismo. Mostra como os operários podem adquirir meios de produção recorrendo a uma série de reformas que melhorem o sistema capitalista sem destruí-lo. Na verdade, considera a propriedade privada e o livre comércio como instituições fundamentais. Essa obra foi criticada por Karl Marx em Miséria da filosofia (1847)."

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Livro: Do Princípio Federativo, de Proudhon

"Esse clássico de Pierre-Joseph Proudhon apresenta ao leitor um dos princípios basilares do pensamento libertário: o federalismo."

terça-feira, 7 de junho de 2011

Texto - Programa Anarquista - Malatesta

PROGRAMA ANARQUISTA

1903
            O texto que segue foi publicado em 1903, sob o título Nosso Programa, por um grupo italiano dos Estados Unidos. Em 1920, ele foi inteiramente aceito pelo congresso da Unione Anarchica Italiana de 1 a 4 de julho. O primeiro parágrafo não aparece em 1920 e os subtítulos são, ao contrário, dessa época.
 
            Nada temos a dizer de novo. A propaganda não é, e não pode ser, senão a repetição contínua, incansável, dos princípios que devem nos servir de guia na conduta que devemos seguir nas diferentes circunstâncias da vida.
            Repetiremos, portanto, com termos mais ou menos diferentes, mas no fundo constantes, nosso velho programa socialista-anarquista-revolucionário.
            O programa da União Anarquista Italiana é o programa anarquista-comunista revolucionário. Há meio século ele foi proposto na Itália, no seio da Internacional, sob o nome de programa socialista. Mais tarde, tomou o nome de socialista-anarquista, como reação contra a degenerescência, autoritária e parlamentar, crescente do movimento socialista. Em seguida, finalmente, denominaram-no anarquista.

Por que não sou: Capitalista

" O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que[...] tivesse gritado a seus semelhantes: `Defendei-vos de ouvir esse impostor, estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!´ "
-J.J Rousseau



domingo, 5 de junho de 2011

Música: Ideologia, Cazuza


"Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder"

Livro: O Que é a Propriedade?, de Proudhon

 A Propriedade é um roubo!

"O que é a propriedade?' ou Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo (em frances Qu'est-ce que la propriété? ou Recherche sur le principe du Droit et du Gouvernment) é uma influente obra de não-ficção sobre o conceito de propriedade e sua relação com a filosofia anarquista escrito pelo anarquista e mutualista francês, Pierre-Joseph Proudhon e publicado em 1840."

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Por que não sou: Teocrata Direto




"Esta contradição é a seguinte: eles querem Deus e querem a humanidade. Obstinam-se em colocar juntos dois termos que, uma vez separados, só podem se reencontrar para se entredestruir. Eles dizem de uma só vez: Deus é a liberdade do homem, Deus é a dignidade, a justiça, a igualdade, a fraternidade, a prosperidade dos homens, sem se preocupar com a lógica fatal, em virtude da qual, se Deus existe, ele é necessariamente o senhor eterno, supremo, absoluto, e se este senhor existe, o homem é escravo; se ele é escravo, não há justiça, nem igualdade, nem fraternidade, nem prosperidade possível. De nada adiantará, contrariamente ao bom senso e a todas as experiências da história, eles representarem seu Deus animado do mais doce amor pela liberdade humana: um senhor, por mais que ele faça e por mais liberal que queira se mostrar, jamais deixa de ser, por isso, um senhor. Sua existência implica necessariamente a escravidão de tudo o que se encontra debaixo dele. Assim, se Deus existisse, só haveria para ele um único meio de servir à liberdade humana; seria o de cessar de existir."
  
-Deus e o Estado, de Bakunin.


domingo, 23 de janeiro de 2011

Anarquia

“…Anarquia, este sonho de justiça e de amor entre os homens…”
— Errico Malatesta


É com essa frase que se poderia resumir todo o ideal anarquista. No entanto, as vezes é preciso uma explicação mais detalhada para que se tire as vendas do preconceito quanto ao termo e a verdadeira compreensão de seu significado seja alcansada. E é isso que pretendo fazer neste post.

Anarquia vem do grego "anarkhos", que significa "sem governantes". Por muito tempo, essa palavra foi usada com sentido de desordem e caos, pois se associava que sem alguém para deter o poder e controlar a população, as pessoas se virariam umas contra as outras. Como foi dito uma vez: o homem é o lobo do homem.

Todavia, foi um frances chamado Proudhon que pela primeira vez utilizaria o significado de Anarquia, não como algo negativo, mas sim positivo, e se auto proclamou anarquista.

A partir desse momento, teria origem o Anarquismo, que passaria a se aperfeiçoar mais e mais através dos tempos. Diversos filosofos fariam contribuíções importantes a essa ideologia, cujas bases eram os ideais de LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE.

O Anarquismo defende um mundo no qual cada pessoa tem o direito de viver sua vida da forma como bem quiser, e renega a autoridade e privilégios, seja de uma minoria (oligarquia) ou mesmo de uma maioria (democracia). E dentre todos os alvos de suas críticas, o maior de todos é o Estado, que, sempre sob o controle de uma elite, advoga os interesses desta, impondo sobre a população suas leis e regras.

Obviamente, tal abertura de ideias faria surgir diversas correntes e vertentes, que apresentam a sua proposta sobre como deveria ser um mundo anarquista, seja seu modelo economico, seja o modo pelo qual seria alcansado.

O ideal anarquista é muito amplo para se falar apenas em um post, e por isso abordarei certos temas em futuros textos, sendo este apenas um resumo para aqueles que não compreendem o real significado do termo. Irei também abordar temas de atualidades e questões polemicas, mas deixo avisado: tudo o que for escrito aqui parte do meu entendimento sobre o assunto. Muitos anarquistas e não-anarquistas provavelmente discordarão do meu pensamento. Um direito deles, é claro.

Então, a todos, simpatizantes ou não, sejam bem-vindos ao blog.

;)